CINCO... HEROINAS.

31-08-2011 21:21

Sendo um verdadeiro desporto de elite, cujo inicio se registou em 1950 e que até aos nossos dias se mantêm como o expoente máximo do desporto motorizado, a Formula 1, já registou a presença de 5 senhoras nas suas grelhas de partida.

A primeira a desafiar a elite masculina, foi a Italiana Maria Teresa de Filippis, uma bela e simpática italiana que em 1958 disputou dois Grandes Prémios num Maserati, conseguindo terminar no 10º lugar o Grande Prémio da Bélgica.

No ano seguinte num Behra-Porsche voltaria a inscrever-se em três provas, apenas conseguindo qualificar-se numa das provas e sendo a sua derradeira prova o Grande Prémio do Mónaco, pois na prova seguinte viu a sua presença negada pelo director de prova que deu como única justificação o seguinte "discurso":

-O único capacete que uma senhora deve utilizar é o capacete do cabeleireiro.

Indignada Maria Teresa de Filippis retirou-se, não mais disputando provas de Fórmula 1, embora continuasse a sua carreira automobilistica.

Foram necessários 15 anos, para que outra italiana, voltasse a "desafiar" o sexo masculino e desta feita com maior consistência e resultados.

Lella Lombardi viria a disputar as temporadas de 1974, 1975 e 1976, inscrevendo-se em dezessete corridas e conseguindo qualificar-se em doze delas.

Viria a tornar-se na única mulher a pontuar na Fórmula 1, ao conseguir terminar em sexto lugar o Grande Prémio de Espanha, onde apenas arrecadaria meio ponto, pois a corrida foi terminada antes de se ter percorrido 75% da mesma, devido ás condições do tempo.

Nesse ano de 1976, pela única vez na história da modalidade estiveram duas senhoras em pista no Grande Prémio de Inglaterra, onde Divina Galica se tornava na terceira mulher a pilotar um Fórmula 1.

A jovem inglesa apenas disputaria oito grandes prémios entre 1976 e 1978, nunca se conseguindo classificar em nenhum deles.

O ano de 1980, assistiria á presença da quarta senhora  na modalidade máxima, a sul africana Desire Wilson que se conseguiu qualificar ao volante de um Williams não oficial , no grande prémio do seu país, rodou 52 voltas, no meio do pelotão, despistando-se sem gravidade, quando pouco faltava para o fim da prova.

No ano seguinte optaria por disputar o Campeonato inglês de Formula 1 (Campeonato Aurora), tornando-se na única senhora a vencer uma prova ao volante de um Fórmula 1, a impôr o seu Williams FW07, em Brands Hatch.

A derradeira heroina voltaria a ser uma bela italiana, Giovanna Amati que em 1992 tentou qualificar um Brabham em três Grandes Prémios, sem nunca o ter contudo conseguido.

Praticamente há 20 anos que nenhuma outra senhora voltou a participar numa prova de Fórmula 1, embora três outras tenham chegado a fazer testes aos volantes dos potentes Fórmulas.

Em 2002, Sarah Fisher, no final do Grande Prémio dos Estados Unidos em Indianapolis, guiou um Maclaren MP4-17, numa acção promocional da Tag-Heuer.

Três anos depois, em 2005 Katherine Legge realizou um testes de 27 voltas no Circuito de Vallelunga em Itália ao volante de um Minardi, tendo conseguido um tempo interessado.

Finalmente este mês a espanhola Maria de Villota (filha de Emilio Villota) realizou um teste ao volante de um Renault R29, na versão de 2009, percorrendo cerca de 300 Kms no Circuito Le Castelet em França.

Que venha a próxima, e novos valores não faltam por esse Mundo fora....